Peça teatral traz ficção sobre povo indígena do futuro

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“Kayeb – Na Pegada Da Cobra Grande” – Foto: divulgação

A peça teatral “Kayeb – Na Pegada Da Cobra Grande” tem uma história que se passa numa Amazônia do futuro. O espetáculo retrata um povo indígena formado por albinos, isolados e nômades.

O Movimento Cultural Desclassificáveis é que faz acontecer a obra. Ele trabalha com apresentações de dança e teatro inspirados em contos, lendas, causos, mitologia, literatura e o universo simbólico indígena.

A trilogia “Kayeb – Na Pegada Da Cobra Grande” é uma adaptação e releitura da Cosmologia dos Povos Indígenas do Uaça e Baixo Oiapoque no Estado do Amapá (AP).

Adalton Baia, Ana Paula Vilhena, Hugo Borsantos, Jhou Santos, Jubson Blada e Kayke Sampaio formam o elenco. A direção e dramaturgia é de Paulo Alfaia.

Ìndígenas que viveram há centenas de anos no Brasil eram agricultores sustentáveis

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Geoglifos encontrados no Acre – Foto: divulgação

Matéria na Superinteressante, sob o duvidoso título “Há 2 mil anos, índios brasileiros já eram agricultores hipsters”, faz um comparativo entre o modo de produção agrícola de etnias que viveram há muitos anos no Brasil (especialmente no Acre, onde foram descobertos mais de 450 sítios arqueológicos pré-históricos chamados geoglifos) e de “caraíbas” que desafiam o modo de vida ocidental – os tais “hipsters”.

Figura na reportagem, assinada por Bruno Vaiano, a agricultora Valéria Macoratti, que largou a vida comum na cidade grande (São Paulo) para viver ainda na cidade, mas num lugar afastado do extremo sul.

A matéria destaca que os indígenas que viveram no Acre também desmatavam, ou seja, impactavam o meio-ambiente. Entretanto, a crítica se dá ao modo como os “caraíbas” o fazem – dando como exemplo a cana de açúcar, eucalipto e a soja.

Leia a reportagem na íntegra aqui.

Ronda Rousey apoia causa dos Sioux nos Estados Unidos

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Ronda Rousey e membros da etnia Sioux – Foto: divulgação / Twitter

No começo da semana nós falamos sobre a luta de etnias indígenas naturais dos Estados Unidos contra a construção de um oleoduto que passaria por baixo de uma aldeia indígena (Standing Rock).

O novo presidente do país, Donald Trump, assinou um decreto liberando a obra que havia sido embargada pelo ex-presidente Barack Obama. Parece que além dos imigrantes, os indígenas são outros a sofrerem na pele com a nova administração.

Os povos originários do gigante yankee, no entanto, não estão sozinhos. A estrela do MMA, Ronda Rousey, está apoiando a causa e se reuniu com membros da etnia Sioux.

Leia matéria no UOL que aborda o assunto.

Indígenas do Brasil e Estados Unidos se unem contra mega empreendimentos

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Sioux Thomas Lopez – Foto: Madeline Cottingham

No Brasil, a luta contra empreendimentos totalmente insustentáveis e que vão de encontro ao interesse dos povos indígenas continua bem forte – exemplo maior é o caso dos Munduruku e os projetos de hidrelétricas no Rio Tapajós.

Nos Estados Unidos está ocorrendo algo semelhante que está unindo as etnias daquele país. Trata-se da luta conta a construção do oleoduto Dakota Access. O projeto prevê que a construção passe por baixo do rio Missouri, principal fonte de água potável de reservas sioux como a Standing Rock (matéria da BBC Brasil destaca o arregimento de forças principalmente por meio de jovens sioux e de outras etnias).

A reportagem cita a retomada da luta conta a construção do empreendimento (barrada por Obama e liberada pelo presidente Trump), o “poder espiritual” de desestabilização da comunidade que a obra teria e traz como fonte Daiara Tukano.

Ela diz que os indígenas não temem apenas os impactos das obras no território onde vivem, mas a violação de uma lei natural que teria implicações tanto para vivos quanto para mortos.

“Há um entendimento de que a água e o ar não têm fronteira. Estamos bebendo a mesma água e respirando o mesmo ar que todos os nossos antepassados beberam e respiraram”, diz.

Leia a reportagem na íntegra aqui.

Projeto de Companhia de São Vicente leva teatro a aldeias indígenas

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Atores e indígenas em cena de peça apresentada pela companhia vicentina – Foto: Nirley Sena

O projeto “A Oca do Curumim”, da companhia teatral Histórias do Baú, de São Vicente, está levando a cultura teatral para aldeias indígenas. A primeira parada foi em uma aldeia localizada no Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente. As informações são do jornal A Tribuna.

“Não sabíamos como seria esse primeiro encontro. É a primeira vez que levamos uma atividade como essa para uma aldeia. E eles foram muito receptivos. Agora, iremos para outras 11 aldeias, todas no Vale do Ribeira, onde firmamos uma parceria com a Funai (Fundação Nacional do Índio)”, explica Alves, que conta com dois atores e contadores de história no projeto.

As demais aldeias que o projeto visita são: Peguao-ty (Sete Barras), Takuari (Eldorado), Itapu Mirim (Registro), Pindo (Pariquera-Açú), Araçá-Mirim (Pariquera-Açú), Guavirá-Ty, Jeji-Ty e Itapuã (Iguape), Tapy-i, Takuari-ty e Pakuri-ty (Cananéia).

Saiba mais aqui sobre o projeto.

Descubra o verdadeiro nome do continente americano: Abya Yala

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Grupo Waorani, do Equador – Foto: Scott Wallace

Tudo o que os exploradores encontraram no continente americano, sejam eles portugueses, franceses ou ingleses, tinha uma raíz. Ou seja, eles não descobriram terras sem alma, sem vida humana. Já existia algo com toda cultura, signos e hábitos.

Assim foi na América Hispânica também. Em 12 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo chegou ao continente que viria a se chamar América (nome oriundo de outro explorador, Américo Vespúcio).

Mas esse continente já tinha um nome: Abya Yala. Ele foi dado pelo povo Kuna Panamá e da Colômbia antes da chegada de Cristóvão Colombo e os europeus e representa terras que vão do Alasca à Patagônia. Literalmente significaria “terra em plena madurez”, ou “terra de sangue vital”.

Sua origem seria o poema “Abya-Yala Wawgeykuna”, que começa com uma invocação aos irmãos indígenas e cuja história destaca a importância da terra, espiritualidade, lava incandescente, selvas profundas e quatro ternuras e locais de batalha esforços impossíveis – de acordo com o educador equatoriano Fausto Segovia Baus.

Grafites em São Paulo e Rio de Janeiro marcam a defesa de terras dos Munduruku

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Mundano e Marcelo Eco no Rio de Janeiro – Foto: Henrique Almeida

Os grafiteiros Marcelo Eco, Paulo Ito e Mundano têm algo em comum. No ano passado, eles fizeram grandes murais em defesa dos povos indígenas e contra a construção da hidrelétrica de São Luiz no Rio Tapajós, no Pará, que poderá afetar as terras dos mundurukus e ribeirinhos. Atualmente a obra, felizmente, está embargada.

Paulo Ito deixou sua marca no centro de São Paulo. Já no Rio de Janeiro, Marcelo Eco e Mundano criaram grandes murais em dois edifícios da cidade, com o mesmo mote.

Veja a obra feita em São Paulo abaixo:

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Mural de Paulo Ito sobre o projeto da usina no rio Tapajós – Foto: Avener Prado/Folhapress

Com escritas em português, espanhol, inglês e munduruku, os artistas retratam figuras indígenas que apelam para que “Não se faça com o Rio Tapajós o que se fez com o Rio Maracanã”. E ainda: “A água não se vende, se defende”, assim como
“Os rios são importantes para a vida” e “Salve a Amazônia”.

Tanto Ito como Mundano, além de outros artistas, tais quais Raquel Brust e Raiz, foram convidados pelo Greenpeace no meio de 2016 para ficar três dias na terra indígena Sawré Muybu. A experiência inspirou os artistas a fazerem os belos murais nas duas principais capitais do Brasil.